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Práticas de segurança de dados em empresas com foco no acesso baseado em identidade.

A segurança de dados continua sendo uma prioridade máxima para as organizações, à medida que as ameaças cibernéticas se tornam mais sofisticadas. Proteger informações confidenciais exige mais do que apenas firewalls e softwares antivírus. Uma das maneiras mais eficazes de proteger dados é por meio de controles de acesso baseados em identidade, que garantem que apenas usuários autorizados possam acessar elementos de dados específicos. Neste artigo, explorarei práticas comuns de segurança de dados em ambientes corporativos, com foco em segurança baseada em funções e acesso granular a elementos de dados. Também abordarei técnicas de validação e aplicação de políticas, métodos de criptografia e como as violações são rastreadas e resolvidas. Por fim, apresentarei um exemplo prático de fluxo de trabalho para ilustrar esses conceitos na prática.


criptografia em voo escrevendo em uma tabela

Segurança baseada em funções e acesso granular a dados

A segurança baseada em funções atribui permissões com base na função do usuário dentro da organização. Essa abordagem simplifica a gestão, agrupando usuários com responsabilidades semelhantes e concedendo-lhes acesso de acordo com suas responsabilidades. Por exemplo, um membro da equipe financeira pode ter acesso aos dados da folha de pagamento, mas não aos registros de suporte ao cliente.


O acesso granular a elementos de dados leva isso um passo adiante, controlando o acesso no nível de campos ou registros de dados individuais. Em vez de amplo acesso a bancos de dados ou tabelas inteiras, os usuários veem apenas os dados de que precisam. Isso reduz o risco de exposição acidental ou maliciosa de informações confidenciais.


Como o acesso baseado em funções e o acesso granular funcionam juntos


  • Definição de funções : Defina as funções claramente, como Administrador, Gerente, Analista ou um título de função apropriado que se encaixe em uma função específica dentro da empresa.

  • Atribuição de permissões : Atribua permissões às funções, especificando quais elementos de dados cada função pode visualizar, editar ou excluir.

  • Atribuição de usuários : Atribua usuários a funções com base em suas atribuições de trabalho. Os usuários herdarão as permissões da função.

  • Aplicação do Controle de Acesso : Os sistemas aplicam essas permissões dinamicamente durante as solicitações de acesso a dados.


Essa abordagem em camadas garante que os usuários acessem apenas o que estão autorizados a acessar, minimizando a superfície de ataque.


Técnicas de Validação e Aplicação

Para manter uma forte segurança de dados, as organizações utilizam diversos métodos de validação e aplicação de medidas:


Autenticação

A autenticação verifica a identidade dos usuários antes de conceder acesso. Os métodos comuns incluem:


  • LDAP (Lightweight Directory Access Protocol) : Muitas empresas utilizam o LDAP para centralizar a autenticação de usuários e os serviços de diretório. O LDAP integra-se com provedores de identidade para gerenciar credenciais e funções de usuários.

  • Autenticação multifator (MFA) : Adiciona uma camada extra de segurança, exigindo que os usuários forneçam dois ou mais fatores de verificação.

  • Autenticação única (SSO) : Permite que os usuários se autentiquem uma única vez e acessem vários sistemas, melhorando a segurança e a experiência do usuário.


Autorização

Uma vez autenticado, a autorização determina a quais dados o usuário pode acessar. É aqui que entram em ação os controles de acesso baseados em funções e os controles de acesso granulares.


  • Listas de Controle de Acesso (ACLs) : Definem quais usuários ou funções podem acessar recursos específicos.

  • Controle de Acesso Baseado em Atributos (ABAC) : Utiliza atributos do usuário (departamento, nível de autorização, mapeamento de atributos da função) e condições ambientais (hora, local) para tomar decisões de acesso.

  • Pontos de Aplicação de Políticas (PEPs) : Sistemas que interceptam solicitações de acesso e aplicam políticas antes de conceder o acesso. Eles aplicam permissões de acesso no nível do elemento de dados da estrutura de dados.


Validação de dados

Antes que os dados sejam aceitos ou processados, a validação garante que eles atendam aos padrões de segurança e integridade. Isso inclui:


  • Validação de entrada para prevenir ataques de injeção. Exemplos incluem listas de valores e verificações de correspondência de padrões de expressões regulares para elementos.

  • Verificações de formato de dados.

  • Verificações de consistência em relação às regras de negócio. Podem inspecionar as validações de entrada para garantir que não falharam, além de verificar dados que não se originam dos usuários.


Criptografia em repouso e em transmissão

A criptografia protege os dados convertendo-os em formatos ilegíveis, a menos que sejam descriptografados com a chave correta. As empresas usam criptografia tanto quando os dados estão armazenados (em repouso) quanto quando são transferidos por redes (em transmissão).


Criptografia em repouso

Os dados armazenados em servidores, bancos de dados ou backups são criptografados para impedir o acesso não autorizado caso a segurança física ou lógica seja comprometida.


  • Criptografia de disco completa (FDE) : Criptografa dispositivos de armazenamento inteiros.

  • Criptografia de banco de dados : criptografa tabelas ou colunas específicas que contêm dados confidenciais.

  • Gerenciamento de chaves : Armazena e rotaciona as chaves de criptografia com segurança para evitar a descriptografia não autorizada.


Criptografia na transmissão

Os dados que trafegam entre clientes, servidores e outros sistemas devem ser criptografados para evitar interceptação.


  • SSL/TLS (Secure Sockets Layer / Transport Layer Security) : Protocolos que criptografam dados durante a transmissão em redes. O SSL é amplamente utilizado para proteger o tráfego da web, e-mails e outras comunicações.

  • VPNs (Redes Virtuais Privadas) : Criam túneis seguros para transmissão de dados em redes públicas.


A utilização de certificados SSL/TLS garante que os dados trocados entre usuários e sistemas corporativos permaneçam confidenciais e invioláveis.



Visão ao nível dos olhos de um rack de servidores com luzes piscantes indicando processamento de dados ativo.


Rastreamento e resposta a violações de segurança

Mesmo com medidas de segurança robustas, as violações podem ocorrer. Detectar e responder rapidamente é fundamental para minimizar os danos.


Detecção de Violações


  • Registros de auditoria : Os sistemas registram informações detalhadas sobre a atividade do usuário, incluindo tentativas de login, acesso a dados e alterações. Esses registros ajudam a identificar comportamentos suspeitos.

  • Sistemas de Detecção de Intrusão (IDS) : Monitoram o tráfego de rede e a atividade do sistema em busca de sinais de acesso não autorizado.

  • Análise Comportamental : Utilize aprendizado de máquina para detectar anomalias no comportamento do usuário que possam indicar uma violação de segurança.


Investigação de violação

Quando houver suspeita de violação:


  • Análise de logs : As equipes de segurança revisam os logs de auditoria para rastrear a origem e o alcance da violação.

  • Análise de acesso : verifique quais contas acessaram dados confidenciais e quando.

  • Ferramentas forenses : Analise os sistemas afetados para identificar malware ou vulnerabilidades exploradas.


Resposta e Remediação


  • Contenção : Isole os sistemas afetados para evitar maiores danos.

  • Erradicação : Remover malware ou corrigir vulnerabilidades de vírus.

  • Recuperação : Restaurar sistemas e dados a partir de backups.

  • Notificação : Informe as partes interessadas e cumpra os requisitos legais de comunicação.



Exemplo de fluxo de trabalho para implementação de segurança e identificação de violações.

Imagine uma empresa implementando segurança de dados para seu sistema de RH:


  1. Definição de funções : Os gerentes de RH têm acesso total aos registros dos funcionários; os assistentes de RH têm acesso somente leitura aos campos não confidenciais.

  2. Atribuição de usuários : Os funcionários recebem funções por meio da integração com o LDAP.

  3. Controle de acesso : Quando um usuário faz login, o sistema autentica-o via LDAP e MFA.

  4. Acesso aos dados : O sistema verifica a função do usuário e concede acesso apenas aos campos de dados autorizados.

  5. Criptografia : Os dados dos funcionários são criptografados no banco de dados e todo o tráfego da web utiliza SSL.

  6. Monitoramento : Os registros de auditoria rastreiam todos os acessos e alterações nos registros dos funcionários.

  7. Cenário de violação de segurança : Um aumento repentino e incomum nas tentativas de acesso a dados salariais aciona um alerta.

  8. Investigação : A equipe de segurança analisa os registros, identifica a conta comprometida e a isola.

  9. Resposta : As senhas foram redefinidas, a violação foi contida e os funcionários afetados foram notificados.


Este fluxo de trabalho demonstra como os controles de acesso baseados em identidade, combinados com criptografia e monitoramento, protegem dados sensíveis e permitem a rápida detecção de violações.



Resumo

A segurança de dados em empresas depende fortemente do controle de quem pode acessar quais informações. A segurança baseada em funções, combinada com o controle granular de acesso a elementos de dados, limita a exposição a dados sensíveis. A validação e a aplicação de políticas de autenticação LDAP, MFA e controle de acesso garantem que apenas usuários autorizados obtenham acesso. A criptografia protege os dados tanto em repouso quanto em trânsito, sendo o SSL fundamental para a segurança das comunicações de rede. Quando ocorrem violações, os registros de auditoria e as ferramentas de monitoramento ajudam a rastrear a origem rapidamente, permitindo uma resposta eficaz.


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